domingo, 22 de fevereiro de 2015

A CAMINHO DO FIM - AS CRISES DO IMPÉRIO ROMANO

Os romanos foram grandes construtores de
pontes, estradas, aquedutos, entre outras obras
    O Império Romano manteve controle sobre um imenso território por mais de 200 anos. Foram construídas inúmeras obras públicas, como aquedutos, que abasteciam as principais cidades, estradas que facilitavam o trânsito de exércitos e funcionários imperiais, grandes edifícios administrativos, muralhas de defesa nas fronteiras mais vulneráveis. Essa época é chamada Pax Romana (Paz Romana), que durou de 29 a.C. até 180 d.C. Pensava-se que o poder de Roma era infinito e que a situação de paz e conforto jamais acabaria. Foi o período mais grandioso do império.
    Entretanto, por volta do século III, uma série de acontecimentos colocou fim ao período de tranquilidade.
    A falta de novas conquistas territoriais reduziu o fluxo de novos escravos para trabalho nas cidades e lavouras. O excesso de contingente militar e de funcionários públicos levou ao aumento do consumo de alimentos e à queda de produtividade agrícola.
    Os imperadores perderam o controle sobre seus domínios, constituindo-se uma séria crise política. Todos esses fatos facilitaram as invasões estrangeiras, que ocorreram nos séculos posteriores. O Império Romano passou por uma crise generalizada em suas instituições, o que facilitou a chegada e a conquista dos povos germânicos de seus domínios.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A GEOGRAFIA E O LUGAR

O QUE É GEOGRAFIA

    A Geografia é uma das ciências que estudam a humanidade, interessando-se pelas transformações que o homem realiza no espaço natural. Os espaços naturais que foram modificados pela ação humana e transformado, portanto, em espaços geográficos.

CONHECENDO E DESENHANDO A TERRA

    A humanidade habita o planeta Terra, que tem uma superfície de aproximadamente 510 milhões de km².
    A maior parte dessa superfície é coberta de água. São cerca de 361 milhões de km² de oceanos, mares e lagos. O restante, perto de 149 milhões de km², são terras emersas, que estão acima do nível do mar, formando ilhas e continentes.

    Esse mapa-múndi representa a Terra como a conhecemos hoje. Mas ela nem sempre foi representada assim: a maioria dos mapas antigos mostrava apenas parte dos continentes. Á medida que os exploradores foram conhecendo melhor o mundo, aperfeiçoaram os mapas. Para representar toda a Terra em um mapa, foram necessários mais de 2 mil anos!
    No século XX, com o desenvolvimento da aviação, da fotografia e da indústria aeroespacial, a Cartografia evoluiu muito, e hoje o contorno dos continentes é retratado com maior precisão.

O NOSSO LUGAR

    O planeta Terra tem uma impressionante variedade de paisagens. Mesmo quando viajamos para lugares próximos, notamos que as paisagens se modificam. Podemos ver cidades, florestas, campos, lagos, rios, montanhas...
    Entretanto, nós não viajamos o tempo todo. Estamos quase sempre no mesmo lugar: moramos em determinada cidade; nossa casa fica numa rua situada num certo bairro. E o lugar onde moramos é o que melhor conhecemos: sabemos onde ficam a farmácia, a escola, o mercado...
    O espaço onde vivemos é o nosso lugar, onde criamos nossa raízes. Para muitas pessoas, é difícil sair de seu bairro ou deixar sua cidade natal para ir viver em outra. Mesmo quando se mudam, recordam com saudade a sua terra natal, os amigos com que brincavam, os parentes que ficaram por lá.
    Quando as pessoas se mudam para lugares dentro do próprio país, a adaptação delas é, em geral, um pouco mais fácil. Embora cada lugar tenha características próprias, a língua e muitos costumes e hábitos alimentares são conhecidos.
    Entretanto, geralmente quando maior é a distância que separa os lugares, maiores são as diferenças entre eles. Imagine como pode ser difícil para um pessoa se adaptar aos hábitos de outro país!

OS LUGARES FORMAM OS PAÍSES,

    Cada lugar é habitado por um conjunto de pessoas, que forma uma sociedade. Nós todos somos parte de uma sociedade, estabelecida em um bairro, dentro de uma cidade, localizado em um município, que pertence a um estado de um país, que é parte de um continente.
    Dentre os mais de 200 países que compõem o mundo, um deles é o Brasil, que tem hoje cerca de 200 milhões de pessoas. Graças a sua extensão territorial, o Brasil apresenta grande diversidade de paisagens naturais, influenciaram a formação de diferentes espaços geográficos, com costumes e formas de organização distintos.
    A rica variedade de paisagens no Brasil se deve, entre outros fatores, á sua grande extensão territorial. No Brasil tem pouco mais de 8,5 milhões km² e é um dos 5 maiores países do mundo.

  1. Rússia: 17.098.242 km²
  2. Canadá: 9.984.670 km²
  3. Estados Unidos: 9.826.675 km²
  4. China: 9.596.961 km²
  5. Brasil: 8.514.877 km²
BRASIL E SUAS DIMENSÕES

    O Brasil é um dos maiores países do mundo. Sua expansão territorial foi tão grande, que hoje ocupa quase metade da América do Sul.
    Devido ao seu formato e á sua extensa área, as distâncias entre seus pontos extremos são enormes, chegando a mais de 4 mil quilômetros. Para melhor administrar seu imenso território, o Brasil foi dividido em porções territoriais, que deram origem aos estados. Além disso, os estados foram agrupados, originando cinco regiões.
estado (com letra inicial minúscula): Cada uma das partes em que o território nacional está dividido. Atualmente, são 26 os estados brasileiros.
Estado (com letra inicial maiúscula): A unidade política popularmente denominada país. É o Estado que organiza a política e a administração do território. Esse espaço é limitado por fronteiras e tem governo próprio, reconhecido internacionalmente.

TERRITÓRIO E NAÇÃO

    Além de ser formado por um território com fronteiras, todo Estado está ocupado por pessoas. Quando essas pessoas têm a mesma cultura - língua, história, costumes e tradições -, elas constituem uma nação ou um povo.
    Nós formamos o povo brasileiro, pois falamos a mesma língua e temos uma história, costumes e tradições comuns. Mas existem particularidades de uma região para outra, devido á grande extensão territorial e á diversidade de povos que formaram nossa população. Os descendentes dos indígenas, dos brancos europeus colonizadores, dos negros africanos trazidos como escravos e dos outros povos de várias partes do mundo que vieram para o Brasil contribuíram para fazer daqui um país multicultural.
    Mas nem sempre é assim. Há países que têm dentro do seu território dois ou mais povos, com diferentes culturas. A convivência entre esses povos muitas vezes é difícil e resulta em conflitos, guerras e até com formação de novos países. Isso ocorreu muitas vezes no século XX, ampliando o número de Estados no mundo.
    No caso do Brasil, a diversidade cultural pode ser observada nos costumes, na culinária, nas festas populares, no folclore, nas manifestações religiosas, na arquitetura, etc. Apesar disso, o Brasil forma só nação, e o sentimento de brasilidade percorre todo o território nacional.
BRASILIDADE: Sentimento de identidade dos habitantes do Brasil com seu espaço geográfico, suas paisagens naturais e sua cultura.

O MUNICÍPIO

    Em 1940, o Brasil tinha 1.574 municípios, a maior parte deles muito grande e com poucos habitantes. Com o passar do tempo a população de muitos municípios cresceu bastante, e isso levou á divisão das suas terras. Atualmente existem quase 6 mil municípios brasileiros. Dentro de cada um deles há uma cidade, onde está localizada a prefeitura municipal. No Brasil o número de cidades é igual ao número de municípios.
MUNICÍPIOS: Divisão administrativa dos estados, com autonomia política, representada pela prefeitura e Câmara Municipal (vereadores).
    O poder político do município é exercido pelo prefeito, que comanda o Poder Executivo municipal, e pelos vereadores, que exercem o Poder Legislativo e compõem a Câmara Municipal. Normalmente, o prefeito é assessorado por pessoas de sua escolha, que chefiam as secretarias municipais. A prefeitura é responsável por postos de saúde, escolas municipais, praças públicas, bibliotecas municipais e muitos outros serviços.
    Os municípios variam muito em extensão e qualidade de vida. Um dos menores do Brasil é o de São Caetano do Sul, que mede apenas 15 km² e fica na região metropolitana de São Paulo.Quase todas as suas ruas são asfaltadas, têm luz elétrica, água tratada e coleta de esgoto. Praticamente todas as crianças frequentam a escola, há bibliotecas de qualidade e postos de saúde para a população.
    Porém o exemplo de São Caetano do Sul não reflete a realidade do Brasil. Em geral, os municípios brasileiros são bem maiores em extensão e têm mais problemas. Quase 30% dos domicílios brasileiros não recebem água tratada e menos da metade está ligado á rede de coleta de esgotos. Isso oferece uma ideia dos nossos problemas e da importância da participação da cidadão na vida da cidade.
    O município é a unidade política mais próxima de nós, já que os acontecimentos de nosso cotidiano se relacionam com o lugar onde vivemos. É na cidade e no município que os cidadãos exercem seus direitos e cumprem suas obrigações. Por isso, as eleições para prefeito e vereadores são tão importantes.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O MODO DE VIDA DOS PRIMEIROS GRUPOS HUMANOS

A DESCOBERTA DO FOGO


    Atualmente, é muito simples conseguir fogo. Com um fósforo ou um isqueiro nas mãos, rapidamente se obtém uma chama. Contudo, durante muito tempo os seres humanos não souberam como produzi-lo.
   Durante milhões de anos, os ancestrais do homem moderno só tinham acesso ao fogo quando ele surgia espontaneamente, em áreas de vegetação muito seca incendiadas por raios ou por calor muito forte. Naquela época, a obtenção do fogo era eventual e dependia do acaso.
EVENTUAL: Ocasional; que ocorre algumas vezes, em certas ocasiões.

    Somente muito tempo depois de observar a natureza, refletir sobre ela e fazer experimentos, foi possível descobrir modos de utilizar e, posteriormente, produzir fogo.

  Provavelmente, os primeiros passos para essa descoberta foram dados quando os ancestrais humanos perceberam que o vento e o sopro sobre as brasas faziam o fogo reaparecer. Com isso, descobriram como mantê-lo aceso por mais tempo, mas não como produzi-lo.
    Imagina-se que, pouco a pouco, os homens notaram que o fogo surgia quando folhas ou galhos secos eram aquecidos por muito tempo. Assim, perceberam que uma chama poderia ser iniciada quando algum objeto era exposto a alta temperatura. Essa descoberta, aliada á descoberta de que o atrito entre duas pedras ou dois pedaços de madeira gerava calor, possibilitou ao homem produzir fogo. Acredita-se que essa descoberta, ocorrida há cerca de 500 mil anos, tenha sido uma das mais importantes conquistas humanas.

PARA SOBREVIVER, ERA PRECISO ANDAR MUITO

    Os humanos que viveram entre 5,5 milhões e 12 mil anos a.C. enfrentaram enormes dificuldades de sobrevivência, com poucos recursos para superá-las.
  Nessa época, eles não sabiam produzir seus próprios alimentos. Para sobreviver, dependiam exclusivamente do que a natureza lhes oferecia, coletando os vegetais que cresciam nos campos e caçando animais selvagens. Quando os alimentos disponíveis acabavam, tinham de mudar-se para outros locais, de forma a garantir a sua sobrevivência. Por isso, durante milhares de anos, os grupos humanos não tiveram um território fixo como residência, deslocando-se constantemente de um lugar para outro.
  Esse modo de vida, caracterizado por constantes deslocamentos em busca de alimento, é chamado de nomadismo, e quem o pratica é conhecido como nômade.
  Os antigos grupos nômades fabricavam ferramentas muito simples, feitas com paus e pedras lascadas, usadas para caçar, cortar e triturar alimentos e lutar contra inimigos.
  Habitavam cavernas, saliências rochosas ou tendas feitas de galhos e cobertas de folhas ou de pele de animais.
  Como viviam em grupos, comunicavam-se  e partilhavam suas experiências. Dessa convivência, surgiu um conjunto de práticas, hábitos, sinais de linguagem, regras e formas de sobrevivência que era partilhado pelas pessoas do mesmo grupo. A esse conjunto damos o nome de cultura.
  Nem todos os seres humanos criaram sua cultura da mesma forma, pois as relações que estabeleciam entre si e com o meio ambiente variavam muito de um grupo para outro.
  Foi nessa época que surgiram as primeiras pinturas rupestres. Essas pinturas, feitas nas paredes de cavernas e grutas, começaram a ser produzidas por volta de 40 mil a.C. e continuaram a ser praticadas durante toda a Pré-História, em muitos locais do planeta. Seus autores podiam utilizar diversos materiais: argila, sangue, ossos, madeira queimada. Inicialmente, os homens pré-históricos desenhavam apenas traços ou faziam marcas com as mãos nas paredes. Com o passar do tempo, passaram a registrar seus hábitos de vida, retratando a caça, o pastoreio, os rituais.

PLANTAR PARA PODER FICAR

    Há aproximadamente 12 mil anos, grupos humanos aprenderam a cultivar plantas e a domesticas animais. É muito provável que essa descoberta tenha ocorrido com a observação da natureza, num processo semelhante  ao da descoberta do fogo, que demorou milhares de anos e não aconteceu em todos os lugares ao mesmo tempo.
  Pouco a pouco, os seres humanos foram percebendo que as sementes, ao caírem na terra, germinavam e davam origem a uma planta igual á que lhes originou. Com o passar do tempo, a ação antes espontânea tornou-se intencional: os próprios seres humanos passaram a enterrar as sementes, conseguindo reproduzir parte da vegetação local. E foi assim que o homem começou a plantar.
  Essa descoberta não dispensou a coleta de alimentos, mas possibilitou que os grupos humanos se fixassem por mais tempo numa região, pois, produzindo seu próprio alimento, já não precisavam mais deslocar-se com tanta frequência.
  Somente mais tarde eles aprenderam a selecionar e armazenar os grãos. Também criaram técnicas mais eficientes de plantio, que só foram possíveis graças á produção de novos instrumentos de trabalho. Além da pedra lascada, que já utilizavam, passaram a empregar pedras polidas para construir suas ferramentas. Também passaram a produzir utensílios de cerâmica, como potes e vasos, utilizados para armazenar o produto de seu trabalho. Gradualmente, essas descobertas permitiram o planejamento da produção e o desenvolvimento da agricultura.
  Nessa mesma época, os seres humanos também descobriram que era possível domesticar e criar animais, diminuindo a necessidade da caça, que era perigosa e incerta. Tal como a descoberta da agricultura, depois de um longo processo de observação e experimentos, a pecuária passou a ser praticada.
  O aprendizado das técnicas agrícolas e da pecuária permitiu aos seres humanos formar povoados permanentes. Em vez de se deslocarem de tempos em tempos em busca de comida, abandonando seus abrigos a cada partida, podiam agora ficar num só lugar, tornando-se assim sedentários.
  Ao fixar-se num território, os grupos humanos começaram a investir em construções mais duradouras. Suas casas passaram a ser construídas com materiais mais resistentes, tais como madeira, pedra e barro cozido. Os espaços foram organizados a fim de atender ás novas demandas: alguns serviam para moradias das famílias; outros para produção agrícola, a criação de animais e outras atividades. A esse conjunto de espaços organizados damos o nome de aldeia.
  Pouco a pouco, a quantidade de alimentos produzidos nas aldeias passou a ser maior que a necessidade de sobrevivência do grupo. As sobras permitiram que algumas pessoas deixassem de trabalhar na agricultura e se dedicassem, exclusivamente, a tarefas artesanais, como produzir ferramentas e objetos de cerâmicas, tecer, construir casas e muralhas. Além disso, surgiram os comerciantes especializados em fazer trocas. Por exemplo: um aldeia podia ter muito trigo e poucas ferramentas; nesse caso, o comerciante encarregava-se de levar o excesso de trigo para outras aldeias, trocando-o pelas ferramentas de que sua aldeia necessitava.
  Os artesões e comerciantes montaram suas oficinas e mercados de troca nas proximidades das aldeias rurais, dando origem ás primeiras cidades.
  Há 6 mil anos, era grande o número de cidades na região do mundo que chamamos de Oriente Médio.
  Não demorou para as cidades serem atacadas por grupos nômades ou rivais. Surgiram, então, os primeiros soldados, indivíduos preparados para defender o grupo. Nessa época, os homens também aprenderam a produzir objetos de metal ao dominar a técnica de fundição, o que possibilitou a fabricação de armas muito mais eficientes para combater as invasões.

A DIVISÃO DA PRÉ-HISTÓRIA: PALEOLÍTICO, NEOLÍTICO E IDADE DOS METAIS

  Ao longo da Pré-História, o modo de vida dos grupos humanos sofreu profundas mudanças. Á medida que se transformavam, iam desenvolvendo novas ferramentas.
  Com base no modo de vida dos homens pré-históricos e no tipo de ferramenta que utilizavam, os cientistas dividem a Pré-História em três grandes períodos: Paleolítico (também conhecido como Idade da Pedra Antiga ou Lascada), Neolítico (também conhecido como Idade da Pedra Nova ou Polida) e a Idade dos Metais.
  Chama-se Paleolítico (paleo = antigo; lítico = relativo á pedra) o período da Pré-História em que os grupos humanos utilizavam instrumentos da pedra lascada. Esse período, portanto, é anterior ao aparecimento da agricultura, quando os seres humanos ainda não tinham moradia fixa.
  Já o período Neolítico (neo = novo; lítico = relativo á pedra) se caracteriza pelo uso de instrumentos feitos de pedra polida. Ele se inicia com o surgimento da agricultura e a fixação do homem á terra.
  No final do período Neolítico, os homens desenvolvem a técnica de fundição de metais, o que propicia a produção de instrumentos de trabalho mais eficientes e resistentes que são conhecidos até hoje: foices, machados, arados, armas, entre outros. Essa descoberta dá início á Idade dos Metais. Foi nesse período que o homem inventou a escrita, evento que marcou o fim da Pré-História.

COMO OS SERES HUMANOS SE ORGANIZAM

  As pesquisas arqueológicas apontam que os primeiros grupos humanos surgiram e viveram no continente africano. Com o passar do tempo, esses grupos foram se espalhando pelo planeta em busca de melhores condições de sobrevivência.
  Todos os seres humanos do planeta têm uma mesma origem; contudo, não vivem da mesma forma. Isso ocorreu, dentre outras coisas, porque cada grupo, ao se fixar numa região, precisou superar as dificuldades naturais do lugar, que eram bastante diversificadas.

AS DIFERENTES FORMAS DE VIVER

  Ao longo do tempo, os diversos grupos foram capazes de criar um conjunto de práticas e regras de sobrevivência próprias, dando origem a diferentes modos de vida (ou culturas).
  Esquimós e berberes, povos que apresentam formas de organização social bem diferentes. Ambos desenvolveram seu modo de vida para superar as dificuldades que tiveram de enfrentar, mas cada um deu respostas diferentes a suas necessidades, garantindo a sobrevivência de seus membros.

OS ESQUIMÓS


  Os esquimós habitam o extremo norte do continente americano (Alasca, Groenlândia e Canadá) e uma ilha do extremo norte da Europa (Islândia). Como nesses locais a temperatura é muito baixa, eles tiveram de desenvolver uma técnica de construção de casas que garantisse sua sobrevivência ao frio intenso. Assim, criaram iglus, moradias feitas com blocos de gelo e forradas de tal modo que a temperatura interna permanece elevada o suficiente para que se possa sobreviver. Para se proteger do frio, também desenvolveram roupas especiais, feitas com peles de foca e forradas com pele de urso ou de raposas.

OS BERBERES

  Os berberes são povos que vivem no norte da África, região caracterizada por um clima quente e seco. Para garantir sua sobrevivência, desenvolveram o comércio entre regiões ao norte e ao sul do deserto do Saara. Assim, passam a maior parte de suas vidas viajando em caravanas pelo deserto.

  Nessas viagens, que duram cerca de três meses, enfrentam 2,4 mil km sobre o dorso de camelos. Além das mercadorias, carregam suprimentos, como água e frutas secas. Para proteger-se do sol, do vento e da areia, usam turbantes que cobrem a cabeça, o pescoço, o nariz e a boca, deixando apenas os olhos de fora. Para cobrir o corpo, usam longas túnicas. Em suas paradas, montam tendas para se abrigar.

  A necessidade de viajar pelo deserto deu aos berberes um jeito próprio de viver, adaptado ás condições do ambiente.

O RESPEITO ÁS DIFERENÇAS

    Desde que os homens surgiram e se espalharam pelo planeta, organizados em grupos, procuraram transformar suas condições de vida. Passaram a desenvolver estratégias de comunicação, alimentação e habitação em função das escolhas do grupo e das características naturais do lugar onde se fixavam. Com o tempo, aprenderam a transformar esse lugar, ou a transformar-se de acordo com suas necessidades.
  Por isso, não podemos julgar as formas de organização social e a cultura dos diferentes povos, classificando-as como boas ou ruins, evoluídas ou inferiores. Se essas formas de organização garantem a sobrevivência dos seus membros, são eficientes, cumprem sua principal função.
  Atualmente as crianças têm ao seu alcance  recursos tecnológicos e científicos como computadores, CD-ROMs, brinquedos e jogos eletrônicos, entre outros. Provavelmente, as crianças esquimós ou berberes não dispõem desses recursos.
  Então devemos olhar culturas distintas da nossa com curiosidade e respeito, sem julgá-las. Não são piores nem melhores: apenas diferentes.

sábado, 24 de dezembro de 2011

VIAJANDO PELA PRÉ-HISTÓRIA: A ORIGEM DO HOMEM

A PRÉ-HISTÓRIA

     O longo período da História da humanidade em que não havia escrita é conhecido como Pré-História.
  Os cientistas dividiram o tempo dos seres humanos em dois grandes períodos: a Pré-História (que vai do aparecimento do homem até a invenção da escrita) e a História (que vai da invenção da escrita até o presente). Os dois períodos fazem parte da História do homem.

AS DIFERENTES RESPOSTAS PARA UMA QUESTÃO: COMO TUDO COMEÇOU

Os mitos

    Desde os tempos mais remotos, os seres humanos buscaram explicações para os fenômenos naturais e para sua própria existência.
  De onde viemos...Por que existimos...Que luz é essa que ilumina e esquenta a Terra...Que segredo faz com que as sementes germinam...Foi diante de questões como essas que os seres humanos do passado criaram os primeiros mitos.
MITOS: Narrativas que procuram explicar questões fundamentais na vida dos grupos, tais como a criação do mundo, os fenômenos da natureza, os sentimentos humanos, etc.
  Cada povo costuma criar seus próprios mitos para explicar a realidade. Por isso, é comum que um mesmo fenômeno - a chuva, por exemplo - seja explicado de várias formas diferentes. Estudar um mito pode ser muito interessante, não só porque ele traz explicações ricas e curiosas, mas também porque revela características do modo de vida e das crenças do povo que o criou.
  Os mitos tratam de diversos assuntos, que variam muito de um povo de para outro. Mas quase todos têm seu mito de origem, que explica o surgimento do mundo, da vida e do homem.

AS EXPLICAÇÕES CIENTÍFICAS 

  O mito é uma forma muito antiga da explicação da realidade. Mas não é a única. Para explicar os fenômenos naturais e sua própria existência, os homens também se valem da Ciência.
  Ao contrário dos mitos, que utilizam histórias simbólicas para responder as questões fundamentais da humanidade, as explicações científicas são baseadas e dados concretos, métodos rigorosos e argumentos lógicos. Os arqueólogos e historiadores utilizam vestígios e indícios (dados concretos) e métodos próprios para conhecer o passado, e por isso são considerados cientistas.

O QUE A CIÊNCIA CONTA SOBRE A ORIGEM DO HOMEM 

  Com base nos vestígios encontrados, os cientistas afirmam que a espécie humana se originou na África. A hipótese mais aceita é que os seres humanos e outros símios tiveram um ancestral comum, que surgiu há cerca de 25 milhões de anos. Há cerca de 13 milhões de anos, esse ancestral deu origem ao primeiro hominídeo, e há 5,5 milhões de anos, ao primeiro ancestral humano. Essa e outras informações chegam-nos por meio dos estudos arqueológicos e paleontológicos.
SÍMIOS: Macacos
ANCESTRAL: O mesmo que o antepassado; indivíduo do qual descendem outros indivíduos.
HOMINÍDEOS: Grupo de símios que inclui o homem e outros macacos de grande porte, como o chimpanzé e o gorila.
  Os seres humanos não surgiram com as características que possuem hoje. Da sua origem até os nossos dias, ocorreu um longo processo de transformação, conhecido como hominização, que durou milhões de anos.

O PROCESSO DE HOMINIZAÇÃO

  Um conjunto de transformações ocorridas no esqueleto, nos músculos, no sistema nervoso e no cérebro dos nossos ancestrais deu origem ao homem moderno.
  Nesse processo, acredita-se que o bipedismo - a capacidade de andar apenas com dois pés, na posição ereta - foi uma das mais importantes.
  Entre outras vantagens, o bipedismo proporcionou aos nossos ancestrais a capacidade de carregar alimento e filhotes simultaneamente. Também ampliou o seu campo de visão: eretos sobre as duas pernas, eles podiam observar melhor o que acontecia em seu redor, reconhecendo mais facilmente predadores e presas. Além disso, o bipedismo tornou seus deslocamentos mais eficientes, possibilitando-lhes realizar longas marchas.
  Quando os hominídeos passaram a andar sobre as duas pernas, deixaram de carregar objetos com a boca, utilizando as mãos. Seu maxilar, que antes era grande e forte, pôde diminuir de tamanho, permitindo o aumento da caixa craniana e, consequentemente, do cérebro. O resultado foi o desenvolvimento das capacidades intelectuais, como prever e projetar ações no futuro, realizar cálculos e executar diferentes tarefas, tais como produzir ferramentas.
  Uma das últimas conquistas no processo de humanização foi o desenvolvimento da linguagem. Diante da necessidade de comunicação, um grande número de gestos e sons combinados passou a ser utilizado para transmitir mensagens e ideias. Isso foi possível, entre outros fatores, graças ao desenvolvimento do aparelho fonador.
MAXILAR: Conjunto de ossos e cartilagens que permitem a abertura e o fechamento da boca.
CAIXA CRANIANA: Conjunto de ossos que envolvem o cérebro.
APARELHO FONADOR: Conjunto de órgãos destinados a produzir os sons da fala.

O TRABALHO DO HISTORIADOR

Documentos ou fontes históricas
  Para saber como viviam os antigos egípcios e outros povos do passado, contamos com o trabalho dos historiadores. Graças a eles, podemos saber de que modo homens e mulheres se organizavam antigamente: seu modo de pensar, as explicações que criavam, as obras que construíam, como se vestiam, quais eram suas diversões, etc. Ao desvendar o passado, os historiadores nos auxiliam a entender como as sociedades em que vivemos se tornaram o que são hoje, e seus variados aspectos.
  Do mesmo modo que os arqueólogos, os historiadores pesquisam, organizam e interpretam vestígios deixados pelas sociedades do passado. Registros escritos, como jornais, cartas, códigos de leis, inquéritos policiais, livros, diários e inscrições (textos gravados em pedra ou cerâmica), são as principais pistas usadas em seu trabalho. No entanto, não são as únicas. Utensílios domésticos, obras de arte, fotografias, roupas, relatos orais e construções também são utilizados, pois contêm, informações importantes sobre a época ou a sociedade em que foram produzidos. Esses materiais são chamados de documentos ou fontes históricas.
  Em suas investigações, o historiador age como um detetive: primeiro, reúne as fontes que encontra, montando com elas uma espécie de quebra-cabeça. Depois, conclui seu trabalho produzindo um relato histórico.

COLETANDO DEPOIMENTOS E PESQUISANDO EM ARQUIVOS, CIDADES E FESTAS

  Antes de começar o seu trabalho, o historiador tem de estabelecer limites para sua pesquisa, definindo o tema, o período e o local que estudará. Esse procedimento é necessário porque não é possível estudar toda a história da humanidade de uma só vez.
  Em seguida, o historiador começa a procurar as fontes para sua pesquisa (ou seja, os documentos escritos e não escritos que contêm informações importantes sobre o tema, o local, e o período investigados).
  Nesse trabalho, o historiador conta com o auxílio de outros profissionais, como arqueólogos, geógrafos, antropólogos e restauradores.
ANTROPÓLOGOS: Profissionais que estudam as relações entre os membros de uma comunidade e sua cultura (religião, regras sociais, relacionamento familiar, etc).
RESTAURADORES: Profissionais que reconstituem documentos e objetos do passado danificados pela ação do tempo e do homem.
  
Documentos escritos

  Há uma grande variedade de documentos escritos que o historiador pode pesquisar: inquéritos, processos criminais, leis, jornais, revistas, folhetins, cartas pessoais, cartões-postais, livros, inscrições em pedras, etc.

Documentos não escritos

  O documento não escritos utilizados pelos historiadores em suas pesquisas podem ser agrupados em:

  • Fontes materiais: objetos (utensílios, vestimentas, ferramentas, móveis, obras de arte, construções, etc.) produzidos pelas sociedades do passado.
  • Fontes visuais: pinturas, fotografias, caricaturas, pichações, histórias em quadrinhos, anúncios publicitários, tatuagens e pinturas na pele, filmes e quaisquer outras imagens produzidas em diferentes épocas.
  • Fontes orais: se o período estudado for recente, o historiador poderá entrevistar pessoas que vivenciaram o acontecimento e podem dar seu testemunho sobre o ocorrido. Nesse caso, dizemos que se trata de uma fonte oral.
  • Fontes sonoras: gravações de músicas, depoimentos, programas de rádio, entre outros, encontrados em arquivos especializados ou em acervos pessoais.
  • Fontes imateriais: manifestações culturais (festas, rituais, crenças, tradições) que trazem informações sobre a história de quem as pratica. Elas se modificam ao longo do tempo, mas sempre revelam o que os grupos que as pratica valorizam, celebram e não querem esquecer.
CONSTRUINDO RELATOS HISTÓRICOS

  As informações que o historiador obtém em entrevistas, arquivos, museus, bibliotecas, conjuntos arquitetônicos e festas populares são registradas em suas notas de pesquisa. Com a ajuda de textos e livros já escritos sobre o assunto, ele organiza essas informações e, aos poucos, constrói a história de uma sociedade, de um lugar ou de um indivíduo. Assim ele vai montando o quebra-cabeça da história ou, como Sherlock Holmes, resolvendo o caso que se propôs a estudar. Ao final, constrói um relato histórico, no qual apresenta suas conclusões.
  Esse relato, no entanto, não constrói o passado com absoluta exatidão. Trata-se de uma interpretação sobre o que aconteceu. Um outro historiador, ao analisar as mesmas informações, pode chegar a conclusões diferentes.

PORQUE ESTUDAR HISTÓRIA

  Graças aos historiadores, podemos saber mais sobre como viveram os homens e as mulheres em outros tempos e espaços, o que mudou e o que permaneceu. Ao conhecer as experiências humanas no passado, podemos entender como foi que o mundo em que vivemos tornou-se o que é. Também podemos encontrar formas de atuar nele, a fim de preservar ou mudar aspectos de nossa realidade.  



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O QUE SHERLOCK HOLMES TEM EM COMUM COM OS CIENTISTAS QUE ESTUDAM O PASSADO


  Em 1940, quando meninos franceses brincavam na região de Lascaux, no Sudeste da França, encontraram um buraco no chão. Ao entrar nele, depararam-se com longos e estritos corredores de pedra, que davam acesso a uma caverna. Lá dentro, fizeram uma descoberta surpreendente: o teto e as paredes estão recobertos por desenhos que pareciam estar ali havia muito tempo.

  Os meninos comunicaram a descoberta a seu professor. Ele, por sua vez, avisou especialistas, que descobriram se tratar de desenhos realmente muito antigos.

                                               
DETETIVES, ARQUEÓLOGOS E HISTORIADORES

  Os especialistas que estudam o passado, são os arqueólogos e os historiadores.  Para descobrir como viviam os grupos humanos de outras épocas, esses estudiosos pesquisam pistas. Selecionam o que consideram importante, levantam hipóteses e chegam a uma conclusão. No caso da caverna de Lascaux, os arqueólogos concluíram que as pinturas em seu interior foram feitas entre 11 e 15 mil anos atrás por grupos que habitaram aquela região.  

                                     DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE O TRABALHO
                                                    DE DETETIVES, ARQUEÓLOGOS E HISTORIADORES

DETETIVES:   São especialistas em desvendar mistérios - atos indesejáveis, muitas vezes criminosos, provocados por autores não identificados. Procuram descobrir o que está oculto por meio das diversas pistas encontradas. 
  Na vida real, existem detetives muito competentes. Mas os melhores e mais famosos são os que foram criados pelos escritores de romances policiais. Por isso, a figura símbolo do detetive é Sherlock Holmes.

ARQUEÓLOGOS:  São cientistas que estudam o passado das sociedades a partir de vestígios materiais produzidos por elas: pinturas em rochas, restos de fogueiras, construções ou qualquer outro objeto (facas, lanças, peças de cerâmica, etc.).

HISTORIADORES:  Assim como os arqueólogos, os historiadores estudam o passado das sociedades. Mas, ao contrário de seus colegas, eles se valem principalmente de documentos escritos, embora também utilizem outros tipos de fontes (como construções, desenhos, utensílios, relatos orais, etc.). Os historiadores que estudam os últimos dois séculos podem utilizar ainda fotografias, gravações em áudio (som) e vídeo (imagem), CD-ROMs, etc.

                                         A CONTAGEM DO TEMPO

  Para facilitar seus estudos, os pesquisadores costumam organizar o tempo em períodos: ano (que equivale a 365 dias), século (que equivale a 100 anos), milênio (que equivale a 1000 anos), etc. Tradicionalmente, os séculos são representados por algarismos romanos.
  Além dos períodos, os estudiosos também costumam utilizar marcos históricos para organizar o tempo. No Ocidente, região do planeta em que vivemos, o nascimento de Cristo é considerado um marco muito importante. Por isso, costumamos dividir o tempo em antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.). A contagem do período antes de Cristo é decrescente; a contagem do período depois de Cristo é crescente.

                                        OS ARQUEÓLOGOS: DESCOBRINDO E LENDO
                                                   OS VESTÍGIOS DO PASSADO 

  A Arqueologia é a ciência que estuda o passado da humanidade por meio dos vestígios materiais deixados pelos povos que habitaram (ou habitam) a Terra. A esses vestígios damos o nome de achados arqueológicos ou artefatos.
  A maior parte desses materiais encontra-se no subsolo, coberto por camadas de poeira e outros sedimentos que foram se depositando sobre eles ao longo do tempo. Outros estão em paredes de cavernas ou sob rios, lagos e mares.
  O trabalho do arqueólogo divide-se em duas etapas: a pesquisa de campo e a análise de material coletado.

                                            A PESQUISA DE CAMPO

  O arqueólogo começa o seu trabalho procurando áreas onde possam existir vestígios materiais de povos antigos. Os locais que concentram materiais de pesquisa são chamados de sítios arqueológicos.
  Para encontrar esses sítios, o pesquisador se baseia em informações já conhecidas sobre a existência de povos do passado.
Fóssil de um mamute
  Normalmente, os arqueólogos trabalham em sítios menores, procurando habitações, pinturas, fósseis humanos, instrumentos de trabalho, armas, enfeites, moedas.
FÓSSEIS: Restos ou vestígios de plantas, animais ou outros seres vivos que se conservaram enterrados no solo. Podem ser ossadas inteiras, um dente ou fragmento de um osso, assim como a pegada de um homem. Esses restos são soterrados em um ambiente com pouco oxigênio, o que impede que eles se decomponham.
  Na maior parte das escavações, os arqueólogos utilizam pequenas pás, enxadas e picaretas, mas ás vezes precisam trabalhar com máquinas escavadoras de grande porte. Toda escavação deve ser feita com extremo cuidado, para não danificar os vestígios. Cada peça encontrada é limpa com pincéis, fotografia e/ou desenhada num diário de campo ou computador portátil. Sua localização exata é registrada em mapas ou desenhos. Nessa etapa, o arqueólogo desenvolve um trabalho muito semelhante ao do detetive. Nenhuma pista pode ser destruída, pois todas elas ajudam a conhecer os modos de vida dos povos pesquisados.

                                         A ANÁLISE DO MATERIAL COLETADO

  O material obtido na pesquisa de campo deve ser removido do sítio arqueológico com muito cuidado e transportado para laboratórios e centro de estudo especializados, a fim de ser analisado. Essa análise é feita em duas etapas: primeiro, os arqueólogos investigam a cidade do artefato; depois, o relacionam com informações já conhecidas, referentes a mesma época e região. Para tanto eles precisam se apoiar em conhecimentos fornecidos pela história, pela geografia, pela biografia, entre outras disciplinas. Por isso, dizemos que o trabalho do arqueólogo é interdisciplinar.
  Os estudos arqueológicos são constantemente atualizados. Os cientistas não param de pesquisar, e novas descobertas são feitas continuamente. Quando novos vestígios são encontrados, novas interpretações podem ser feitas por temas estudados anteriormente. Também é possível que dois arqueólogos interpretem de maneiras diferentes os mesmos vestígios.
  Um achado arqueológico só tem utilidade quando os estudiosos podem estuda-lo e estabelecer relações com outros artefatos produzidos na mesma época. Isolado, o vestígio não contribui para o conhecimento sobre a sociedade que o produziu.

Como determinar a idade de um artefato

  Existem várias formas de se determinar a idade de um artefato. A mais conhecida é a da datação pelo método de carbono 14.
  Todos as seres vivos (plantas e animais, inclusive os homens) absorvem, em vida, um elemento chamado carbono 14 que resta em um achado arqueológico (ossos, conchas, madeiras, pinturas feitas com tintas derivadas de plantas, etc.), podemos calcular sua idade: quando menor a quantidade desse elemento, mais antigo é artefato.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

TESOUROS DA NATUREZA

  Além de manter a boa qualidade do ar, as áreas preservadas fornecem matéria-prima para a elaboração de muitos produtos. Algumas empresas possuem áreas naturais demarcadas e protegidas de onde retiram sementes, óleos, cascas de árvores, para a fabricação de produtos, tais como cosméticos, xampus, condicionadores, sabonetes, perfumes, cremes hidratantes, óleos para o corpo e para perfumar o ambiente.

QUÍMICOS: FABRICANDO NOVAS SUBSTÂNCIAS


  A Química é uma parte da ciência que estuda os materiais, suas propriedades e suas transformações. A transformação de substâncias acontece por meio de reações químicas.
  A cozinha é um local onde podemos observar a ocorrência de algumas reações químicas. Um bom exemplo, é quando preparamos e assamos pães e bolos.
  Quando algumas substâncias se transformam, formando substâncias diferentes das originais, dizemos que ocorreu uma reação química.
  Uma maneira de saber se houve uma reação química é observar se, ao misturar duas ou mais substâncias, ocorrem algumas modificações como:

  • mudança de cor
  • mudança de cheiro 
  • mudança de temperatura
  • desprendimento de gás
  • turvação
PERFUMISTAS: OS PROFISSIONAIS DAS FRAGRÂNCIAS

  O que faz um perfume ter cheiro agradável?

  Por trás de um bom perfume existe o trabalho de pessoas que combinam diferentes matérias-primas e fragrâncias. Esses profissionais, os perfumistas, precisam ter conhecimentos científicos de química, física, farmácia e medicina para combinar substâncias e criar novos perfumes, que não ofereçam riscos á pele, além de possuir um ótimo olfato.  Mas oque é olfato? O olfato é um de nossos sentidos. Percebemos o mundo por meio de cinco sentidos: a visão (olhos), a audição (ouvidos), o tato (pele), o paladar (língua) e o olfato (narinas).  Ao sentirmos a fragrância de um perfume, veja o que acontece com o nosso corpo.  Mas oque é olfato? O olfato é um de nossos sentidos. Percebemos o mundo por meio de cinco sentidos: a visão (olhos), a audição (ouvidos), o tato (pele), o paladar (língua) e o olfato (narinas).  Ao sentirmos a fragrância de um perfume, veja o que acontece com o nosso corpo.
  1. Ao inspirarmos o perfume, com o ar, seu cheiro atravessa nossas narinas.
  1. O cheiro do perfume que é um vapor, chega ás células olfativas, que são os receptores de cheiro. De lá, a sensação do aroma do perfume é rapidamente transmitida á região do cérebro responsável pelo olfato. Se inspirarmos com mais força, uma maior quantidade de ar em vapor toca os receptores e percebemos melhor o cheiro.    
  Os perfumistas precisam desenvolver uma ''memória olfativa'' ou ''memória de cheiros'', já que existem mais de dois mil tipos matérias-primas para se fazer perfumes.



PRESERVANDO AMBIENTES NATURAIS

Paisagem de Fernando de Noronha (PE)
  O ser humano modifica o ambiente natural para atender ás suas necessidades, como moradia, alimento, matérias-primas para as indústrias, etc. No entanto, de acordo com a avaliação de especialistas, existem áreas que sofreriam prejuízos se fossem modificadas pelo ser humano. Portanto, essas áreas são protegidas por lei e são fiscalizadas pela Polícia Florestal.
  A conservação dos ambientes naturais garante a sobrevivência das plantas e dos animais que ali existem e preserva sua biodiversidade.
  Além disso, as modificações causadas no ambiente natural pelo homem, como, por exemplo, a substituição das florestas por cidades e indústrias, ocasionaram a poluição ambiental.

PLANEJANDO A CONSTRUÇÃO

  Ao fazer construções, o homem modifica o ambiente natural.

PROJETANDO A CASA


  Uma das primeiras etapas da construção de uma casa é a elaboração do projeto.

OBSERVANDO A POSIÇÃO DO SOL


  O sol é uma estrela que emite luz e calor.
  Durante o dia, podemos ver o Sol em diferentes posições.
  Isso acontece por causa do movimento de rotação da Terra. O movimento do Sol no céu é apenas aparente, pois, na verdade é a Terra que gira em torno de si mesma, num movimento chamado rotação. Para completar uma rotação, em relação ao Sol, a Terra demora aproximadamente 24 horas (1 dia). Esse movimento faz com que aconteçam os dias e as noites.
  Durante o dia, não é necessário acender muitas lâmpadas, pois o Sol fornece bastante iluminação. Portanto, ao se projetar uma casa, os arquitetos analisam o local onde ela será construída para aproveitar ao máximo a iluminação natural do Sol, o que economizará o uso de energia elétrica.
  Além da iluminação, é importante pensar no aquecimento da casa. Se construirmos uma casa voltada para uma direção que receba poucos raios de Sol, a casa será escura, fria e muito úmida e, por isso, não trará conforto aos moradores.

domingo, 18 de dezembro de 2011

MODIFICANDO O AMBIENTE

  Todas as vezes que o ser humano faz alguma construção, como uma casa, uma fazenda, um clube, uma cidade, ele modifica o ambiente natural.
 Chamamos de ambiente natural as áreas compostas de rios, florestas, montanhas, vales, campos e mares que não sofreram modificações pela ação do ser humano.
  No ambiente natural encontramos grande biodiversidade.
BIODIVERSIDADE: A variedade de seres vivos que existe em um certo ambiente e também representa as diferenças encontradas um uma certa espécie.

A BIODIVERSIDADE É IMPORTANTE?


A variedade de formas de vida é importante já que um ser vivo depende do outro para sobreviver e obter alimento.


AMBIENTE CONSTRUÍDO


Como o ser humano precisa obter alimento e moradia acaba modificando o ambiente natural.

A CIDADE E SEUS PROBLEMAS

  Hoje, no Brasil, a maior parte da população mora em cidades, pois, entre outras coisas, elas oferecem serviços públicos, ou seja, aquila que é importante para a população viver com qualidade; água encanada, energia elétrica, coleta de lixo, iluminação, pavimentação, posto de saúde, escola, limpeza e conservação de ruas e praças. O conjunto desses serviços chama-se infraestrutura. O fato de as cidades serem procuradas como lugar de moradia faz com que elas recebam cada vez mais pessoas, o que provoca o crescimento populacional. E, quanto mais as cidades cresce, mais problemas ela enfrenta.
O GRANDE PROBLEMA: As cidades crescem sem planejamento urbanístico.


O LIXO E AS ENCHENTES


  As ruas são asfaltadas e a água da chuva, não tendo como penetrar no solo, escorre para os rios. Os rios que passam pelas cidades geralmente estão cheios de lixo, que foi jogado por indústrias e pelos próprios moradores; por isso eles transbordam, causando as enchentes. O bueiros também ficam entupidos pelo lixo, e a água da chuva, não tendo onde escoar, provoca o alagamento das ruas.

NO PASSADO ERA ASSIM


Praça do Correio, na cidade de São Paulo, em 1940




















A MORADIA NA CIDADE




  Observe as fotos.
Favela da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro
Bairro de São Conrado, na cidade do Rio de Janeiro
           









              
Em primeiro plano a favela da Rocinha, ao fundo o Bairro de São Conrado, na cidade do Rio de Janeiro
    Ao observar as três fotos deve ter notado algumas diferenças. Isso acontece porque para alugar ou comprar uma casa ou apartamento, o preço da moradia varia, dependendo do bairro. Quanto melhor a infraestrutura do lugar, mais elevado é o preço. Em áreas com menor infraestrutura, o preço é mais baixo.
   Assim, a cidade passa a ter bairros onde moram pessoas com melhores condições financeiras e pessoas com piores condições.
CONDIÇÃO FINANCEIRA: Situação de maior ou menor poder econômico de uma pessoa.
  Além disso, há, também, pessoas cuja situação financeira é tão precária que elas são obrigadas a alugar um quarto ou um barraco em uma favela.
PRECÁRIA: Insuficientes
  Ao observar a foto ''Em primeiro plano a favela da Rocinha, ao fundo o Bairro de São Conrado, na cidade do Rio de Janeiro'', é possível perceber que num mesmo bairro pode haver moradias de luxo ao lado de moradias precárias. Isso acontece principalmente em cidades grandes, como São Paulo ou Rio de Janeiro.
  Algumas pessoas não podem pagar nem mesmo uma moradia nas áreas mais baratas da cidade e, por isso, moram nas ruas. São os chamados moradores de rua. Eles ficam expostos á violência, ao frio e não têm um lugar para onde ir.

POR QUE FAVELA?


  Favela é o nome de uma árvore. Esse nome, porém, passou a ser usado para indicar moradias precárias quando os soldados, que haviam lutado numa batalha conhecida como Canudos, ao voltar para o Rio de Janeiro, instalaram-se com suas famílias num morro chamado Providência. Como lá havia grande quantidade da árvore favela, passaram a chamá-lo morro da Favela. Depois disso os locais que se assemelhavam a esse passaram a ser chamados de favelas.
  Nas favelas as ruas são bem estreitas e não há todos os serviços públicos, ou seja, quase não há infraestrutura. O risco de incêndios também é alto e há pouco policiamento, por isso, falta segurança aos moradores.
  Hoje em dia, quando chove muito, a população sofre com o desabamento dos morros, que soterram as casas e matam muitos de seus moradores.
SOTERRAM: Cobrir de terra. Enterrar.


O TRÂNSITO URBANO 


  Outro problema enfrentado pelos moradores das cidades é a grande quantidade de carros nas ruas, o que gera congestionamentos e poluição provocada pelos gases que saem do escapamento dos veículos.
  O comportamento de algumas pessoas que não costumam respeitar as regras básicas de trânsito é também um outro problema enfrentado pelos moradores da cidade.
  As regras de trânsito foram feitas para garantir que todos os veículos possam transitar com mais facilidade pelas ruas da cidade, sem se chocar, e para evitar que veículos que causam poluição circulem. Também servem para garantir que os pedestres tenham mais segurança ao se locomover pelas ruas.
  Na ano de 1998 foi criado um novo Código de Trânsito no Brasil. A intensão é punir os motoristas que se portam de forma inadequada no trânsito. Dependendo do comportamento do motorista, ele poderá até perder sua carteira de habilitação.
CARTEIRA DE HABILITAÇÃO: Documento que autoriza o cidadão com mais de 18 anos a dirigir veículos como carro, moto, ônibus e caminhão.
  Os transportes públicos, por conduzirem muitas pessoas ao mesmo tempo, poderiam colaborar para a redução do número de carros nas ruas. Porém, na maior parte das cidades eles não são suficientes para atender a toda a população. Por isso, ficam superlotados e os passageiros enfrentam situações de grande desconforto e constrangimento.
  Existem diversos tipos de transporte coletivo: ônibus, metrô, trem, perua, barco, balsa, avião, carro. Cada cidade, de acordo com suas necessidades e suas condições físicas e financeiras, implanta meios de transporte coletivo que são colocados á disposição da população.


O metrô é um trem rápido que transporta
muitas pessoas ao mesmo tempo. Na foto,
a Estação Sé do metrô na cidade de São Paulo.























O ônibus é um importante meio de
transporte coletivo.

Porto de Manaus (AM). Em cidades como
Manaus, além de ônibus, as pessoas
utilizam-se também de barcos e balsas
como maio de locomoção.




























































    

  

O ESPAÇO URBANO

DO BAIRRO Á CIDADE


Brasília (capital do Brasil)
  Um conjunto de bairros forma o espaço da cidade ou o que se chama zona urbana.
  Uma cidade é composta por casas e prédios para moradias; escolas; lojas onde se compram roupas, sapatos; mercados nos quais se compram alimentos; indústrias que fabricam brinquedos, carros, etc.; bancos onde se guarda o dinheiro, além de lugares para as pessoas se divertirem, como cinemas, museus e parques.
  O conjunto desses elementos forma a paisagem urbana.
PAISAGEM: Podemos dizer que tudo aquilo que vemos quando olhamos para um lugar é uma paisagem. Existem diversos tipos de paisagem: as que são naturais, ou seja, aquelas compostas de rios, florestas, montanhas, vales, campos, mares, e as que são construídas pelos seres humanos, tais como, casa, prédios, túneis, pontes, parques e outros.


COMO PODE SER A PAISAGEM DE UMA CIDADE


  Para descrevê-la há diversas linguagens. Uma delas é a da pintura. Além das pinturas, outra forma de descrever a paisagem da cidade é através de poemas.
  Embora as cidades tenham muitas características parecidas, como ser um lugar de moradia e de trabalho, e ter um grande número de habitantes, elas também apresentam diferenças entre si, tendo, cada uma delas, sua própria paisagem.

CIDADES BRASILEIRAS 


  As cidades são diferentes entre si também segundo as atividades que desenvolvem, o número de moradores, o tamanho do território ocupado, o clima, o relevo e ainda de acordo com sua riqueza.
  No Brasil existem cidades grandes como o Rio de Janeiro e muito pequenas como Borá, no estado se São Paulo. Existem cidades em serras, como Poços de Caldas em Minas Gerais, e cidades planas, onde dá para andar de bicicleta sem fazer esforço, como a capital do Brasil, Brasília. Algumas cidades têm praias, como Recife, em Pernambuco; outras são cheias de árvores, como Araraquara, em São Paulo; algumas têm muitos prédios, ruas largas, muito trânsito, como Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul.
  Na foto de Macaé (RJ), vemos diversas indústrias.
  Cidades como ela são chamadas de industriais.
  As indústrias produzem as mercadorias que compramos em diversas lojas: carros, alimentos, roupas, brinquedos e muitos outros objetos. Esse tipo de cidade normalmente fornece os produtos industrializados para outras cidades, garantindo assim sua riqueza.
  Existem, também, cidades como Parati, no estado do Rio de Janeiro. Ela é muito antiga e sua arquitetura é típica do período colonial brasileiro, ou seja, retrata um período da história do Brasil.
  Parati recebe turistas de muitos lugares do mundo, que visitam sua praça central, as igrejas e as diversas casas que preservam as mesmas características do passado e que estão concentradas no chamado Centro Histórico.
  Cidades como Parati são chamadas de cidades históricas, porque preservam as construções de um determinado período. Ao visitar essas cidades, podemos ver como era a vida no Brasil há muitos e muitos anos. Por isso, elas são consideradas um verdadeiro livro de memórias e estão constantemente sob cuidado das autoridades nacionais, com o objetivo de preservá-las.
  As cidades históricas vivem basicamente do turismo. Por isso, alguns de seus habitantes tornam-se profissionais ligados ao turismo, á preservação e á restauração dos monumentos históricos.
  Existem cidades que são chamadas de metrópoles.
METRÓPOLES: Metrópole quer dizer cidade-mãe, porque ao seu redor nascem outras cidades que se beneficiam de sua riqueza econômica e de seus serviços.
  Elas podem oferecer serviços especializados, tais como hospitais bem equipados; restaurantes de todos os tipos; intensa vida cultural com exposições, museus, cinemas, shows; escolas e universidades de alto padrão; bancos e sedes de grandes empresas.
  As metrópoles recebem constantemente um grande número de pessoas de outras cidades, outros estados e até mesmo outros países. Elas vão buscar tratamento médico, fazer compras, participar de feiras, palestras, teatros e shows artísticos. Outras, vão para morar. Estas estão em busca de moradia, trabalho, estudo, ou seja, de melhores condições de vida. É por isso que o número de moradores de uma metrópole cresce a cada dia.
  Nem sempre as pessoas que procuram os benefícios de uma metrópole encontram o que procuram. Por isso, há muita riqueza, mas também muita pobreza nas metrópoles. 

sábado, 17 de dezembro de 2011

OS ANFÍBIOS E O MEIO AMBIENTE

REPRODUÇÃO DOS ANFÍBIOS


  Em noites quentes, em brejos, lagoas ou riachos, podem-se ouvir sapos machos coaxando para atrair as fêmeas. Depois de ouvir o canto, a fêmea se aproxima do macho para o acasalamento.
  Os ovos formados desenvolvem-se dentro de água doce ou em ambientes terrestres úmidos (margem de represas, debaixo de pedras, em poças de água parada na borda das matas).
  Os ovos ficam protegidos por uma camada gelatinosa que os prende as plantas, pedras ou folhas, ou ficam dentro de uma espuma.
Ovos de anfíbios
  Depois de saírem dos ovos, os girinos (filhotes de sapos, rãs e pererecas) passam por grandes transformações em um processo chamado metamorfose. Os girinos assemelham-se aos peixes, porque respiram como eles e vivem na água. Nessa fase, eles não se parecem nem um pouco com o anfíbio adulto.

  OS ANFÍBIOS  E SEU AMBIENTE

Sapo coaxando
  Os anfíbios tem a pele fina e úmida e se reproduzem em ambientes aquáticos ou terrestres úmidos. Por causa disso, são um dos primeiros a sentir os efeitos poluição. São considerados, então animais indicadores da qualidade ambiental. Assim , se o número de anfíbios estiver diminuindo em uma determinada área isso pode ser um sinal de poluição ambiental.
  Os anfíbios adaptam-se bem á vida em ambientes terrestres úmidos, como as florestas tropicais e locais próximos a fonte de água doce (rios, brejos, lagoas e riachos). Esses ambientes fornecem-lhes água, abrigo e alimento, permitindo sua sobrevivência.
  Nesses locais há uma grande diversidade de espécies animais, entre elas, os predadores dos anfíbios, como aves, peixes, cobras, lagartos, e alguns mamíferos (macacos, cachorros-do-mato e jaguatiricas).

  NÃO POSSUINDO UNHAS, ESCAMAS OU GARRAS COMO OS ANFÍBIOS SE DEFENDEM DE TANTOS INIMIGOS (PREDADORES)?

  Sapos, rãs e pererecas utilizam, entre outras estratégias de defesa, a camuflagem. Imitando o ambiente em que vivem, conseguem se confundir com ele, tornando-se pouco visíveis aos seus predadores.
  Por outro lado, muitas espécies de anfíbios são coloridas, ficando bem visíveis em seu ambiente, tornando-se presas fáceis. Mas, para compensar essa desvantagem, a pele desses animais possui substâncias de gosto desagradável ou substâncias tóxicas capazes de matar aquele que se aventurar a comê-los. 
  Alguns predadores percebem que esses animais coloridos não são uma boa refeição e nem chegam a gastar energia para capturá-los.
  Outra estratégia de sobrevivência de alguns anfíbios é a presença de glândulas de veneno localizadas atrás dos olhos.
  O veneno só é eliminado quando essas glândulas de veneno são comprimidas (apertadas) durante o ataque de um predador. Uma cobra, por exemplo, ao abocanhar um sapo com tal característica, sente o gosto ruim do veneno e rejeita essa presa, facilitando a sua fuga.


VOCÊ SABIA?


O sapo pulga é encontrado na Mata Atlântica, em locais úmidos. Alimenta-se de pequenos animais invertebrados como aranhas, formigas e besouros. É um sapo pequeno, que cabe em cima de uma unha do ser humano. Seu tempo de vida é desconhecido.