sábado, 24 de dezembro de 2011

VIAJANDO PELA PRÉ-HISTÓRIA: A ORIGEM DO HOMEM

A PRÉ-HISTÓRIA

     O longo período da História da humanidade em que não havia escrita é conhecido como Pré-História.
  Os cientistas dividiram o tempo dos seres humanos em dois grandes períodos: a Pré-História (que vai do aparecimento do homem até a invenção da escrita) e a História (que vai da invenção da escrita até o presente). Os dois períodos fazem parte da História do homem.

AS DIFERENTES RESPOSTAS PARA UMA QUESTÃO: COMO TUDO COMEÇOU

Os mitos

    Desde os tempos mais remotos, os seres humanos buscaram explicações para os fenômenos naturais e para sua própria existência.
  De onde viemos...Por que existimos...Que luz é essa que ilumina e esquenta a Terra...Que segredo faz com que as sementes germinam...Foi diante de questões como essas que os seres humanos do passado criaram os primeiros mitos.
MITOS: Narrativas que procuram explicar questões fundamentais na vida dos grupos, tais como a criação do mundo, os fenômenos da natureza, os sentimentos humanos, etc.
  Cada povo costuma criar seus próprios mitos para explicar a realidade. Por isso, é comum que um mesmo fenômeno - a chuva, por exemplo - seja explicado de várias formas diferentes. Estudar um mito pode ser muito interessante, não só porque ele traz explicações ricas e curiosas, mas também porque revela características do modo de vida e das crenças do povo que o criou.
  Os mitos tratam de diversos assuntos, que variam muito de um povo de para outro. Mas quase todos têm seu mito de origem, que explica o surgimento do mundo, da vida e do homem.

AS EXPLICAÇÕES CIENTÍFICAS 

  O mito é uma forma muito antiga da explicação da realidade. Mas não é a única. Para explicar os fenômenos naturais e sua própria existência, os homens também se valem da Ciência.
  Ao contrário dos mitos, que utilizam histórias simbólicas para responder as questões fundamentais da humanidade, as explicações científicas são baseadas e dados concretos, métodos rigorosos e argumentos lógicos. Os arqueólogos e historiadores utilizam vestígios e indícios (dados concretos) e métodos próprios para conhecer o passado, e por isso são considerados cientistas.

O QUE A CIÊNCIA CONTA SOBRE A ORIGEM DO HOMEM 

  Com base nos vestígios encontrados, os cientistas afirmam que a espécie humana se originou na África. A hipótese mais aceita é que os seres humanos e outros símios tiveram um ancestral comum, que surgiu há cerca de 25 milhões de anos. Há cerca de 13 milhões de anos, esse ancestral deu origem ao primeiro hominídeo, e há 5,5 milhões de anos, ao primeiro ancestral humano. Essa e outras informações chegam-nos por meio dos estudos arqueológicos e paleontológicos.
SÍMIOS: Macacos
ANCESTRAL: O mesmo que o antepassado; indivíduo do qual descendem outros indivíduos.
HOMINÍDEOS: Grupo de símios que inclui o homem e outros macacos de grande porte, como o chimpanzé e o gorila.
  Os seres humanos não surgiram com as características que possuem hoje. Da sua origem até os nossos dias, ocorreu um longo processo de transformação, conhecido como hominização, que durou milhões de anos.

O PROCESSO DE HOMINIZAÇÃO

  Um conjunto de transformações ocorridas no esqueleto, nos músculos, no sistema nervoso e no cérebro dos nossos ancestrais deu origem ao homem moderno.
  Nesse processo, acredita-se que o bipedismo - a capacidade de andar apenas com dois pés, na posição ereta - foi uma das mais importantes.
  Entre outras vantagens, o bipedismo proporcionou aos nossos ancestrais a capacidade de carregar alimento e filhotes simultaneamente. Também ampliou o seu campo de visão: eretos sobre as duas pernas, eles podiam observar melhor o que acontecia em seu redor, reconhecendo mais facilmente predadores e presas. Além disso, o bipedismo tornou seus deslocamentos mais eficientes, possibilitando-lhes realizar longas marchas.
  Quando os hominídeos passaram a andar sobre as duas pernas, deixaram de carregar objetos com a boca, utilizando as mãos. Seu maxilar, que antes era grande e forte, pôde diminuir de tamanho, permitindo o aumento da caixa craniana e, consequentemente, do cérebro. O resultado foi o desenvolvimento das capacidades intelectuais, como prever e projetar ações no futuro, realizar cálculos e executar diferentes tarefas, tais como produzir ferramentas.
  Uma das últimas conquistas no processo de humanização foi o desenvolvimento da linguagem. Diante da necessidade de comunicação, um grande número de gestos e sons combinados passou a ser utilizado para transmitir mensagens e ideias. Isso foi possível, entre outros fatores, graças ao desenvolvimento do aparelho fonador.
MAXILAR: Conjunto de ossos e cartilagens que permitem a abertura e o fechamento da boca.
CAIXA CRANIANA: Conjunto de ossos que envolvem o cérebro.
APARELHO FONADOR: Conjunto de órgãos destinados a produzir os sons da fala.

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